Em dezembro de 2022 fui diagnosticada com câncer de mama do tipo Luminal B. De início foi assustador. Passei dias de muita angústia até iniciar o tratamento. Foram exames atrás de exames e eu só conseguia pensar: o que é que eu estou fazendo aqui senhor?!
No mundo tereis aflições (João 16:33)
Receber um diagnóstico por si só não é fácil.
Com tantos planos e recém dilacerada pela perda do meu pai com um problema semelhante ao que eu estava prestes a encarar me abalou profundamente.
Chorei ao fazer o auto exame. Chorei durante a biópsia. Chorei durante a madrugada. Chorei na academia. Chorei ao entender o que de fato precisava enfrentar.
Foi difícil aguardar o resultado da biópsia e manter o pensamento positivo de que não era nada grave. Mas eu entendi que ter forças era minha única opção naquele momento.
Com o diagnóstico em mãos e muitas guias para realização de novos exames, dia 24 de dezembro estava eu lá fazendo a minha parte.
Entre tantas idas a clinica, minha oncologista me liga para incluir mais dois exames, entre eles uma biópsia do fígado, pois havia algo suspeito, mas que não causava alteração nos exames de sangue.
Confirmado a presença de células cancerígenas agora também no fígado, minha oncologista optou pela Hormonioterapia (Verzenios + Letrozol + Zoladex) e a colocação de um “clipe” de Titânio.
Diante de tantas incertezas eu conseguia perceber o cuidado de Deus em cada pequeno, mas tão grandioso detalhe.