Minha mãe e eu éramos como unha e carne. Desde que me lembro, éramos inseparáveis, compartilhando nossos segredos, sonhos e até mesmo nossas roupas (usava mesmo kkk ) .
Ela sempre foi a pessoa que eu mais admirava no mundo, e a ideia de perdê-la nunca passou pela minha cabeça. Até que no meu aniversário de 21 anos, nosso mundo mudou para sempre com a notícia de que ela tinha câncer de mama maligno.
O diagnóstico foi como um soco no estômago. A doença estava de repente em nossa casa, transformando nossas vidas em um redemoinho de consultas médicas, tratamentos e incertezas.Minha mãe sempre foi uma mulher forte, e ver a luta que ela travou contra o câncer me mostrou como é vital cuidar da nossa saúde, fazer exames regulares e ficar atenta a qualquer sinal de alerta.
Eu desejava profundamente que ela tivesse se cuidado mais cedo, que tivesse feito mamografias regularmente, porque talvez, apenas talvez, isso pudesse tê-la salvado.
À medida que minha mãe lutava contra a doença, nosso relacionamento se fortalecia ainda mais. O dinheiro e as coisas materiais perderam completamente seu valor. O tempo se tornou nosso bem mais precioso, e passamos horas juntas, compartilhando histórias, rindo e até mesmo chorando juntas. Ela me ensinou lições que nenhum livro ou escola poderia fornecer, e uma delas era que o amor é infinito e transcende a morte.
E então, a parte mais difícil chegou. Minha mãe no meu aniversário de 23 anos virou uma estrelinha, e um vazio tomou conta de minha vida. No início, pensei que não conseguiria seguir em frente, mas então percebi que a melhor maneira de honrar sua memória era cuidar de mim mesma. Ela sempre me disse para ser forte e lutar pelos meus sonhos, e agora era a hora de seguir esses conselhos.
O Outubro Rosa, com sua ênfase na conscientização e prevenção do câncer de mama, tornou-se um lembrete constante da importância de cuidar da minha saúde. A experiência que vivi com minha mãe me ensinou que a doença não é uma maldição, mas sim um ensinamento. Aprendi a apreciar a vida e a valorizar cada momento.O câncer é uma doença completamente silenciosa, e precisamos ser extremamente vigilantes com nossa saúde sempre.
Para mim, cada outubro será um lembrete do amor que minha mãe me deu e da necessidade de prevenção. Quero compartilhar nossa história para inspirar outras pessoas a cuidarem de si mesmas e a serem vigilantes em relação à sua saúde. O amor que sentia por minha mãe não morreu com ela, ele vive em mim, e é uma força que me impulsiona a viver plenamente e a fazer a diferença.
Hoje fazem exatos 3 meses que ela não esta mais neste plano e todo o amor que ela me deu, gostaria de repartir com todas as pessoas que passam por esse tratamento, estarei aqui sempre aberta a apoiar e ajudar a todas que recorrerem a mim.
Um enorme beijos e abraço quentinho,
Amanda