Olá Companheiras, me chamo Míriam Linhares e, no momento em que me vi realizando grande parte dos meus objetivos de vida fui lançada em frente ao abismo chamado câncer de mama.
Naquele momento me vi diante de duas opções, deixar o impacto me arrastar ou fincar os pés no chão. Decidi pela segunda opção, não chorei , não desesperei, não questionei, apenas aceitei e iniciei a jornada. Sem plano de saúde, sem condições financeiras e tendo que confortar a família que naturalmente não reagia tão bem como eu.
Certo ou errado, não sei, o que sei é que tinha uma promessa e, foi isso que não me deixou perecer, Deus vinha me preparando meses atrás para esse momento e só posso dizer que foi Ele que me carregou do diagnóstico, à temida fila do Sisreg; do encaminhamento ao Hospital Federal (01/10/23), a indicação da médica que já havia me atendido em outra unidade, à todas as consultas, exames e, enfim a tão esperada cirurgia, inacreditavelmente 1 mês depois.
Definitivamente tal cronologia, falando da triste realidade da rede pública de saúde, não pode ter outro nome, senão Deus. Uma vez "recuperada", iniciei as sessões de quimioterapia e, atualmente já caminhei metade do percurso, graças a Ele com reações mínimas, sem grandes episódios de náuseas e sem um único vômito sequer (até o momento/que assim permaneça).
Sei que não é a realidade da maioria dos casos e perdoe-me desde já, mas o que quero com esse relato é mostrar que sempre há mais de um caminho, religiosidade ou não, temos que nos apegar em algo que nos sustente, confiar naquele que entregamos o controle de nossa vida e lutar.
Fácil sem dúvida não é, nunca será, mas tenham certeza não é o fim!
#rumoacura