Descobrir um câncer de mama aos 39 anos, com duas filhas pequenas, é algo que veio mesmo como um furacão, deixa tudo de pernas para o ar, todo o foco da sua vida se volta para isso, tudo é "grande" nesse momento, o medo, as incertezas e inseguranças, mas também a força e vontade de lutar, aflora o amor e a decisão de 'viver' e 'estar', plenamente, ao lado dos que amo.
Tenho refletido bastante, sou muito "pé no chão", sei que estou apenas no início de uma jornada que é incerta, mas com certeza trará consigo muitas lutas e dificuldades, só que apesar disso, me sinto tranquila, pois sei que terei a força necessária para passar por isso.
Já venho aprendendo a dar valor só ao que realmente importa e hoje, mais do que nunca isso se torna essencial, aquilo que não vem para acrescentar eu simplesmente dispenso, sem pensar duas vezes!
Enfim, este é só um desabafo, de uma das muitas reflexões que este momento traz, e serve para dizer que há fragilidade sim no processo de luta contra o câncer, mas ao mesmo tempo há força, é uma dualidade muito interessante e que não dá lugar a sentimentos de pena ou lamentos.
Vamos em frente, pois existe uma guerra em curso que eu tenho que vencer!