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Acupuntura

Acupuntura
Paula S Toledo
fev. 22 - 2 min de leitura
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“Você precisa comer adequadamente, treinar e dormir bem durante seu tratamento”, foi uma das frases que escutei de uma das minhas médicas no início do meu tratamento. Essa frase me motivou ainda mais a estudar sobre os temas com os quais geralmente não temos contato na medicina tradicional. Estudar, além de me trazer conhecimento, me ajuda a assumir minha responsabilidade no meu tratamento e poder, ainda, divulgar este conhecimento com outras pessoas.


E agora, vamos às evidências para embasar o seu uso?

  1. Medicina Tradicional Chinesa e Acupuntura:


A medicina tradicional chinesa (MTC) é uma abordagem terapêutica milenar, que tem a teoria do yin-yang e a dos cinco elementos como bases fundamentais para avaliar o estado energético e orgânico do indivíduo, na inter-relação harmônica entre as partes, visando tratar quaisquer desequilíbrios em sua integralidade. A MTC utiliza como procedimentos diagnósticos, anamnese integrativa, palpação do pulso, inspeção da língua e da face, entre outros; e, como procedimentos terapêuticos, acupuntura, ventosaterapia, moxabustão, plantas medicinais, práticas corporais e mentais, dietoterapia chinesa.

A acupuntura faz parte dos recursos terapêuticos da MTC e estimula pontos espalhados por todo o corpo por meio da inserção de finas agulhas de aço inoxidável descartáveis, visando à promoção, manutenção e recuperação da saúde, bem como a prevenção de agravos e doenças. As agulhas inseridas podem ser giradas, movidas para cima e para baixo em diferentes velocidades e profundidades, aquecidas ou carregadas com uma corrente elétrica fraca. Criada há mais de quatro milênios, é um dos tratamentos mais antigos do mundo e pode ser de uso isolado ou integrado com outros recursos terapêuticos.

Evidências suportam a utilização da acupuntura para controle de sintomas relacionados ao câncer e a seus tratamento, como:

  • Náusea e vômitos secundárias à quimioterapia, radioterapia e cirurgia
  • Dor relacionada ao câncer, pós-operatórios, dores musculares e articulares relacionada ao uso de inibidores de aromatase (letrozol, anastrozol e exemestano)
  • Neuropatia periférica induzida por quimioterapia
  • Fogachos 
  • Fadiga
  • Boca seca (xerostomia)
  • Distúrbios do sono e alterações cognitivas relacionadas ao tratamento oncológico (fog brain)
  • Ansiedade

Efeitos colaterais possíveis relatados:

  • Incômodo ou dor durante o tratamento
  • Cansaço ou sonolência após o procedimento
  • Infecção ou sangramento (geralmente contra-indicada em pacientes com plaquetas abaixo de 20 mil)

Vocês utilizam alguma prática integrativa durante o tratamento que acham que vale a pena? 


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